Atendendo a Pedidos,
Segue uma foto da criatura mais temível do hemisfério norte e arredores: Gregório, o gato das neves!!!
Ele está bem, com 8 anos quase e agora que o verão se aproxima ele começa a dar suas escapadas, mesmo que seja pra se afundar na neve....
E vamos seguindo com passos firmes de quem sabe onde quer chegar!
Abração e a Paz
Igor Schultz
Schultz Family no Canadá
terça-feira, 22 de abril de 2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
Philippe Coulliard Eleito
Québecois et Québecoises,
Estamos aqui assistindo o final da apuração dos votos, mas não há mais volta. O Partido Liberal do Québec (PLQ) já elegeu 70 deputados e tem portanto a maioria na Assemblée Nationale. Assim, o chefe do partido, Phillipe Couillard torna-se o novo primeiro-ministro do Québec. De acordo com os analistas políticos, esse foi um recado das urnas aos políticos: "queremos um governo que se preocupe com saúde, educação, economia, e não com Charte de Valeurs ou com a independência do Québec".
Pauline Marois e o Parti Québecois conseguiram eleger 30 deputados, mas mesmo ela foi derrotada em sua circunscrição, o que deixou o recado ainda mais claro. Fui agora ver o discurso de Mme. Marois e ela anunciou que deixará a carreira política. Em um discurso bastante emocionado, ela agradeceu a seu partido e pediu aos québecois não esquecerem suas origens, a língua francesa e que lamenta por tudo o que seria oferecido ao partido e por não poder ver o seu país finalmente realizado. Seu candidato a primeiro-ministro, Pierre-Karl Peladeau, foi eleito em sua circunscrição, assim como Bernard Drainville, o criador da Charte de Valeurs. O sonho do Québec independente ficará adormecido por um tempo.
Na minha opinião, no entanto, o grande vencedor da noite foi François Legault, da Coalision Avenir-Québec (CAQ), que elegeu 22 deputados e será provavelmente o líder da oposição, chegando bem perto do PQ em número de candidatos eleitos. Ele saiu do PQ há pouco tempo e seu partido cresceu rapidamente, chegando ao ponto que está agora. Em seu discurso após o resultado das eleições, ele declarou que apoiará M. Couillard, mas que fará uma oposição vigilante. Foi também eleito deputado em sua circunscrição.
Bem, podemos esperar agora pelo menos 4 anos de estabilidade política na província, pois temos um governo majoritário, e bastante cooperação com o governo federal canadense, pois temos os liberais no poder. Vamos seguir de perto. Nas próximas eleições, provavelmente estaremos votando. E é impressionante perceber como o nosso voto faz diferença em um local como este, com poucos milhões de eleitores, onde muitas disputas são decididas voto a voto e todas as opiniões são, ao menos, respeitadas.
E vamos seguindo com passos firmes de quem sabe onde quer chegar.
Abração e a Paz
Igor Schultz
domingo, 6 de abril de 2014
Todos às Urnas!!!!
Bom dia, pessoal!
Bem, vamos ver o perfil de cada um dos principais partidos e candidatos desta eleição:
Pauline Marois (Parti Québecois - PQ): atual primeira-ministra, ela convocou as eleições para poder ter maioria na assembléia e poder aprovar suas propostas. Seu governo começou forte, mas foi se enfraquecendo aos poucos à medida que os que aguardavam ver as reformas pro-independência da província foram ficando chupando o dedo. Pauline é soberanista (sonha com a independência do Québec), mas precisa lidar com a oposição e com muitos grupos empresariais e associações de classe que ameaçam deixar a província em caso de medidas muito radicais. Nas últimas semanas, quando questionada sobre o referendo da independência do Québec em caso de ser reeleita, ela disse que "a eleição trata da substituição do primeiro ministro, e não da soberania. O referendo virá de acordo com a vontade dos quebequenses". Isso deixou muitos radicais do partido irritados, pois viram que ela não parecia firme na posição de defender o tão sonhado país Québec. A um mês das eleições, Pauline disse que sua proposta de governo seria um "livro em branco", que seria preenchido pelos cidadãos em consulta, o que foi motivo de chacota de seus adversários, dizendo que ela estaria sem nenhuma proposta concreta. Estava em maioria nas pesquisas mas veio descendo à medida que o tempo passou. Agora está em segundo nas pesquisas, atrás dos liberais de Phillipe Couillard. Se o PQ for eleito, o primeiro-ministro será na verdade Pierre-Karl Péladeau, que abandonou seu posto de presidente da Cogeco, um dos maiores grupos de comunicações do Québec, para sair como candidato e anda à tiracolo de Pauline por toda a província.
Philippe Couillard (Parti Libéral du Québec - PLQ): principal candidato de oposição, possui uma plataforma baseada em "discutir os verdadeiros problemas" da sociedade quebequense, contando com economistas e empresários em sua equipe de governo. Assim, fala-se muito em economia, reforma política, e principalmente em críticas à sua rival Pauline Marois. Se opõe fortemente à uma mudança do status político da província, e afirma que uma vitória do PQ seria certamente um passo para a convocação de um referendo para a independência do Québec.
François Legault (Coalision Avenir Québec - CAQ): François Legault era um deputado do PQ mas decidiu sair e fundar seu próprio partido. Plataforma também baseada na economia, pretende reduzir o tamanho do Québec economicamente, reduzindo os gastos do estado de modo a atingir o equilíbrio orçamentário em 2014-2015 (o Québec tem uma dívida enorme hoje), sem aumentar taxas ou impostos. Portanto, um governo Caquista deverá parar o crescimento do setor público e inclusive enxugar o tamanho de alguns setores muito dispendiosos.
Bem, independente de plataforma de governo, o que a gente tem visto e acompanhado com os nossos colegas no trabalho e na TV é que simplesmente existe a posição "a favor do PQ" e "contra o PQ". Os imigrantes estão indo em massa votar contra a Pauline, principalmente por causa da posição radical da Charte e também da separação do Québec (afinal, nós viemos aqui para ser canadenses, não é mesmo?).
O último resultado das pesquisas eleitorais (4 de abril) foi o seguinte:
Bem, para os que ainda não estão a par, estamos às portas de mais uma eleição provincial. Isso mesmo, amanhã, 7 de abril serão eleitos novos deputados e o primeiro-ministro do Québec. Quais serão os impactos para os imigrantes e para a província em geral? Bem, vamos ver um pouco do background deste evento:
Diferente do Brasil, como já citado em outros posts, aqui no Canadá as eleições não seguem uma frequência determinada, como um escrutínio a cada 4 anos. O primeiro-ministro ou a assembléia de deputados pode pedir uma eleição por qualquer que seja o motivo. Por exemplo, em 2011, o primeiro ministro do Canadá, Stephen Harper, apresentou o orçamento para o próximo exercício e este foi contestado pela oposição, que exigiu novas eleições.
Da mesma forma, a atual primeira-ministra Pauline Marois, do Parti Québecois, decidiu convocar as eleições simplesmente porque seu partido é minoria na assembléia. E com a apresentação da Charte de Valeurs, ela ganhou a antipatia de muitos deputados do partido que apoiavam as minorias imigrantes, culminando com a expulsão de Fatima Houda-Pepin, que não concordava com a proposta. Assim, Pauline se viu com menos assentos ainda na assembléia. Ela precisava então reverter a situação para poder aprovar muitos de seus projetos, incluindo a Charte de Valeurs e quem sabe, um referendo para a separação da província. Assim, ela convocou as eleições em 5 de março, todo mundo botou os cartazes nas ruas e chegou a hora de votar. Novamente, a família Schultz não vota, pois ainda não somos cidadãos canadenses. Quem pode já votou no último domingo, pois há a possibilidade de antecipação do voto. Mais de 500 mil pessoas votaram, de um total de quase 6 milhões de eleitores.
Bem, vamos ver o perfil de cada um dos principais partidos e candidatos desta eleição:
Pauline Marois (Parti Québecois - PQ): atual primeira-ministra, ela convocou as eleições para poder ter maioria na assembléia e poder aprovar suas propostas. Seu governo começou forte, mas foi se enfraquecendo aos poucos à medida que os que aguardavam ver as reformas pro-independência da província foram ficando chupando o dedo. Pauline é soberanista (sonha com a independência do Québec), mas precisa lidar com a oposição e com muitos grupos empresariais e associações de classe que ameaçam deixar a província em caso de medidas muito radicais. Nas últimas semanas, quando questionada sobre o referendo da independência do Québec em caso de ser reeleita, ela disse que "a eleição trata da substituição do primeiro ministro, e não da soberania. O referendo virá de acordo com a vontade dos quebequenses". Isso deixou muitos radicais do partido irritados, pois viram que ela não parecia firme na posição de defender o tão sonhado país Québec. A um mês das eleições, Pauline disse que sua proposta de governo seria um "livro em branco", que seria preenchido pelos cidadãos em consulta, o que foi motivo de chacota de seus adversários, dizendo que ela estaria sem nenhuma proposta concreta. Estava em maioria nas pesquisas mas veio descendo à medida que o tempo passou. Agora está em segundo nas pesquisas, atrás dos liberais de Phillipe Couillard. Se o PQ for eleito, o primeiro-ministro será na verdade Pierre-Karl Péladeau, que abandonou seu posto de presidente da Cogeco, um dos maiores grupos de comunicações do Québec, para sair como candidato e anda à tiracolo de Pauline por toda a província.
Philippe Couillard (Parti Libéral du Québec - PLQ): principal candidato de oposição, possui uma plataforma baseada em "discutir os verdadeiros problemas" da sociedade quebequense, contando com economistas e empresários em sua equipe de governo. Assim, fala-se muito em economia, reforma política, e principalmente em críticas à sua rival Pauline Marois. Se opõe fortemente à uma mudança do status político da província, e afirma que uma vitória do PQ seria certamente um passo para a convocação de um referendo para a independência do Québec.
François Legault (Coalision Avenir Québec - CAQ): François Legault era um deputado do PQ mas decidiu sair e fundar seu próprio partido. Plataforma também baseada na economia, pretende reduzir o tamanho do Québec economicamente, reduzindo os gastos do estado de modo a atingir o equilíbrio orçamentário em 2014-2015 (o Québec tem uma dívida enorme hoje), sem aumentar taxas ou impostos. Portanto, um governo Caquista deverá parar o crescimento do setor público e inclusive enxugar o tamanho de alguns setores muito dispendiosos.
Bem, independente de plataforma de governo, o que a gente tem visto e acompanhado com os nossos colegas no trabalho e na TV é que simplesmente existe a posição "a favor do PQ" e "contra o PQ". Os imigrantes estão indo em massa votar contra a Pauline, principalmente por causa da posição radical da Charte e também da separação do Québec (afinal, nós viemos aqui para ser canadenses, não é mesmo?).
O último resultado das pesquisas eleitorais (4 de abril) foi o seguinte:
- PQ: 27%
- PLQ: 39%
- CAQ: 25%
- Outros: 9%
Assim, tudo leva a crer que Couillard será eleito, mas também terá um governo minoritário. O que parece bom, pois mesmo a reputação dele também é muito questionada por aqui e no final das eleições aparecem escândalos em todos os canais. Alguns dizem que é verdade, outros mentira, mas, conforme um amigo falou hoje depois da missa: "quem quer que esteja lá, é melhor que não seja maioria, pois isso poderia virar uma ditadura"... Credo.
Vamos esperar o que vai vir amanhã. As pesquisas eleitorais em um colégio onde o voto não é obrigatório frequentemente não dizem a verdade. Assim, sempre pode haver surpresas...
E vamos seguindo com passos firmes de quem sabe onde quer chegar!
Abração e a Paz
Igor Schultz
sexta-feira, 4 de abril de 2014
O Inverno mais Invernal desde que Chegamos
Boa noite, pessoal!
Bem, estamos agora entrando na primavera, e podemos dizer que este foi um inverno que ficará em nossa memória. Até pelas coisas legais que fizemos, mas principalmente porque foi o mais frio que já passamos desde que botamos os pés nas Terras do Norte. Meu, a gente cansou de ouvir os próprios quebequenses dizerem que não aguentavam mais tanto frio. Assim, se os caras que estão acostumados já estavam de saco cheio, imagina os brazucas aqui...
Este inverno tivemos baixas de temperatura de até -27 graus, onde a sensação térmica chega perto de -35. Pra vocês terem uma idéia, vejam a foto do retardado aqui, que fez um treino a -17 com sensação de -23 graus.
Bem, o mês de abril começa e ainda estamos com bastante neve para derreter, mas agora as temperaturas positivas estão chegando e a grama começa a aparecer. É a vida que renasce, deslumbrante como sempre, os gansos estão de volta, os passarinhos voltaram a cantar. Isso é uma coisa impressionante que a gente não percebe tanto no Brasil, pois as estações não são tão pronunciadas quanto aqui.
E vamos seguindo com passos firmes de quem sabe onde quer chegar.
Abração e a Paz
Igor Schultz
sábado, 15 de março de 2014
Gregório, o Gato das Neves
Allo, povo de Deus!
Atendendo a pedidos, aqui está uma foto da criatura mais temível do hemisfério norte: Gregório, o Gato das Neves, também conhecido como Leopardo Anão do Ártico (Felis Catusimbecilis, L.). Hoje ele quis sair, pois finalmente o inverno dá sinais que está indo embora mais uma vez, mas se enterrou na neve até o pescoço... Mas ele está bem, sendo bem tratado, tudo tranquilo.
Ele manda abraços e sua gratidão aos fãs.
Abração e a Paz
Igor Schultz
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