Bom dia!
Seguindo a série "postagens com uma semana de atraso", seguem as novidades do primeiro dia de vida em nosso novo lar:
Estou hospedado na casa de amigos, que gentilmente me cederam o quarto do bebê. No primeiro dia, acordei com calor, pois os aquecedores (chauffage) do apartamento são bastante eficientes, e a gente fica realmente suando... Lá fora estava muito frio, mas o dia amanheceu com céu limpo, sem nuvens, então, resolvi sair para uma corridinha. Foi uma grata surpresa... O lugar onde estamos aqui é muito bonito, e tem pistas de corrida em meio a bosques de maple, tudo amarelinho e vermelho. Muitos esquilos correndo pela floresta. O cara aqui ficou impressionado... Bem, posso dizer que a primeira impressão foi "romântica".
Depois da corrida, fui para o centro fazer a primeira coisa que todo o imigrante deve fazer: o Social Insurance Number (SIN), ou Numéro d'Assurance Social (NAS). É uma espécie de CPF, que lhe dá direito a um monte de coisas. E para trabalhar, os recrutadores costumam pedir o primeiro número do NAS para saber o seu status como imigrante. O número "9" não é bem visto aqui, pois é visto temporário, ou seja, você pode ser um refugiado, e tem muito disso aqui. O meu número - confidencial - começa com "3" - residente permanente. Para fazer o NAS, bastou eu ir no Service Canada. Tem vários escritórios espalhados pela cidade. Eu fui no centre-ville (200 Blvd René Levesque ouest). Fui atendido prontamente, sem filas, e em menos de 10 minutos já estava com o NAS. Não perguntaram nada do CSQ.
Então, mais uma novidade: aqui as grandes ruas e avenidas possuem o título de "Est" e "Ouest", e para quem não está acostumado, isso pode ser um desperdício de tempo. Então, caminhei até o número 200 da René Levesque para descobrir que ele não existia, porque eu estava indo na direção "Est". Tive que voltar até o zero e começar tudo de novo na direção "Ouest"...
A primeira impressão foi a do transporte público. Aqui, você paga por tempo de uso, e não por viagem. Então, custa $2,75 por 2h de transporte. Neste período, você pode usar o que quiser: ônibus (autobus), metrô (metro), e acho que até o trem (train de banlieue). Então, já comprei um cartão para 1 semana, que me saiu $18. Por este preço, ando quantas vezes quiser durante a semana toda. Quando já estivermos com a rotina por aqui, também posso comprar o passe mensal, que custa $70 e vale do primeiro ao último dia do mês.
No centre-ville, muitas obras. Parece que a cidade inteira está em reforma. Os prédios são muito antigos (exceto os do governo, que são novos), e em cada esquina existe um lugar para alugar bicicletas e existem ciclo-faixas (pequenas ruelas sinalizadas onde só andam bicicletas) por todas as ruas. Você passa o cartão de crédito e por $5 você anda meia-hora. Isso é caro, mas se você comprar um cartão para toda a temporada (março a novembro), custa só $78. Você pode alugar só por meia-hora também, mas um colega aqui de Montréal disse que você deixa a bici em outro quiosque antes que complete-se a meia-hora e pega outra. Enfim, este transporte não é para passear. É para se deslocar rapidamente no centre-ville e outros lugares de Montréal. Sempre ao lado das estações de metro tem um quiosque de bicicleta.
A segunda atividade do dia foi me inscrever no sistema público de saúde (Régie d'Assurance Maladie). Lá a gente passa por uma rápida triagem, então, recebe uma senha e fica aguardando. Eles nos chamam e a gente vai para o guichê ser atendido. A mulher pediu o CPR (segunda-via do comprovante de residente permanente, que entregam no aeroporto) e o passaporte. Pediu também o CSQ (lá vem o golpe.... pensei). Então, falei: não tenho! E ela disse "tudo bem. Vou colocar aqui que você não tem". E precisava também do comprovante de endereço. Como ainda não tenho endereço, ela disse que este documento ficou pendente e que eu precisaria enviar um fax posteriormente para eles com uma declaração solene autenticada, com o meu hospedeiro aqui de Montréal dizendo que eu realmente resido com eles. Aqui é mais fácil, pois bancos, repartições públicas, universidades, delegacias de polícia, muitas repartições que têm fé pública podem ser usadas para autenticar assinaturas. Então, o meu hospedeiro foi depois comigo ao banco e assinou na frente do atendente. Este, por sua vez, assinou também e colocou o carimbo. Daí, enviei mais tarde por fax para eles. Espero que esteja tudo certo. O cartão de Assurance Maladie leva 3 meses para chegar.
E assim, houve uma tarde, uma manhã, primeiro dia... E seguimos com passos firmes de quem sabe onde quer chegar!!!
Abração e a Paz
Seguindo a série "postagens com uma semana de atraso", seguem as novidades do primeiro dia de vida em nosso novo lar:
Estou hospedado na casa de amigos, que gentilmente me cederam o quarto do bebê. No primeiro dia, acordei com calor, pois os aquecedores (chauffage) do apartamento são bastante eficientes, e a gente fica realmente suando... Lá fora estava muito frio, mas o dia amanheceu com céu limpo, sem nuvens, então, resolvi sair para uma corridinha. Foi uma grata surpresa... O lugar onde estamos aqui é muito bonito, e tem pistas de corrida em meio a bosques de maple, tudo amarelinho e vermelho. Muitos esquilos correndo pela floresta. O cara aqui ficou impressionado... Bem, posso dizer que a primeira impressão foi "romântica".
Depois da corrida, fui para o centro fazer a primeira coisa que todo o imigrante deve fazer: o Social Insurance Number (SIN), ou Numéro d'Assurance Social (NAS). É uma espécie de CPF, que lhe dá direito a um monte de coisas. E para trabalhar, os recrutadores costumam pedir o primeiro número do NAS para saber o seu status como imigrante. O número "9" não é bem visto aqui, pois é visto temporário, ou seja, você pode ser um refugiado, e tem muito disso aqui. O meu número - confidencial - começa com "3" - residente permanente. Para fazer o NAS, bastou eu ir no Service Canada. Tem vários escritórios espalhados pela cidade. Eu fui no centre-ville (200 Blvd René Levesque ouest). Fui atendido prontamente, sem filas, e em menos de 10 minutos já estava com o NAS. Não perguntaram nada do CSQ.
Então, mais uma novidade: aqui as grandes ruas e avenidas possuem o título de "Est" e "Ouest", e para quem não está acostumado, isso pode ser um desperdício de tempo. Então, caminhei até o número 200 da René Levesque para descobrir que ele não existia, porque eu estava indo na direção "Est". Tive que voltar até o zero e começar tudo de novo na direção "Ouest"...
A primeira impressão foi a do transporte público. Aqui, você paga por tempo de uso, e não por viagem. Então, custa $2,75 por 2h de transporte. Neste período, você pode usar o que quiser: ônibus (autobus), metrô (metro), e acho que até o trem (train de banlieue). Então, já comprei um cartão para 1 semana, que me saiu $18. Por este preço, ando quantas vezes quiser durante a semana toda. Quando já estivermos com a rotina por aqui, também posso comprar o passe mensal, que custa $70 e vale do primeiro ao último dia do mês.
No centre-ville, muitas obras. Parece que a cidade inteira está em reforma. Os prédios são muito antigos (exceto os do governo, que são novos), e em cada esquina existe um lugar para alugar bicicletas e existem ciclo-faixas (pequenas ruelas sinalizadas onde só andam bicicletas) por todas as ruas. Você passa o cartão de crédito e por $5 você anda meia-hora. Isso é caro, mas se você comprar um cartão para toda a temporada (março a novembro), custa só $78. Você pode alugar só por meia-hora também, mas um colega aqui de Montréal disse que você deixa a bici em outro quiosque antes que complete-se a meia-hora e pega outra. Enfim, este transporte não é para passear. É para se deslocar rapidamente no centre-ville e outros lugares de Montréal. Sempre ao lado das estações de metro tem um quiosque de bicicleta.
A segunda atividade do dia foi me inscrever no sistema público de saúde (Régie d'Assurance Maladie). Lá a gente passa por uma rápida triagem, então, recebe uma senha e fica aguardando. Eles nos chamam e a gente vai para o guichê ser atendido. A mulher pediu o CPR (segunda-via do comprovante de residente permanente, que entregam no aeroporto) e o passaporte. Pediu também o CSQ (lá vem o golpe.... pensei). Então, falei: não tenho! E ela disse "tudo bem. Vou colocar aqui que você não tem". E precisava também do comprovante de endereço. Como ainda não tenho endereço, ela disse que este documento ficou pendente e que eu precisaria enviar um fax posteriormente para eles com uma declaração solene autenticada, com o meu hospedeiro aqui de Montréal dizendo que eu realmente resido com eles. Aqui é mais fácil, pois bancos, repartições públicas, universidades, delegacias de polícia, muitas repartições que têm fé pública podem ser usadas para autenticar assinaturas. Então, o meu hospedeiro foi depois comigo ao banco e assinou na frente do atendente. Este, por sua vez, assinou também e colocou o carimbo. Daí, enviei mais tarde por fax para eles. Espero que esteja tudo certo. O cartão de Assurance Maladie leva 3 meses para chegar.
E assim, houve uma tarde, uma manhã, primeiro dia... E seguimos com passos firmes de quem sabe onde quer chegar!!!
Abração e a Paz
4 comentários:
Parabéns família Schltz,
estava lendo os relatos e pensando como é bom a gente conseguir atingir um sonho. Muita sorte para vcs. Fico muito feliz em saber que tudo está dando certo e vcs estão onde queriam chegar.
Bjkas e tudo de bom!
Parabéns família Schltz,
estava lendo os relatos e pensando como é bom a gente conseguir atingir um sonho. Muita sorte para vcs. Fico muito feliz em saber que tudo está dando certo e vcs estão onde queriam chegar.
Bjkas e tudo de bom!
igor! que emocao ... parabens e que tudo continue dando certo como tem dado ate agora. que deus os abencoe! beijos, paola
Oi Amigo,
Que bom que tem dado tudo certo por aí!!!
Se Deus quiser, em breve nos encontraremos aí.
Bjs
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