Em muitas ocasiões eu e o Igor nos questionamos sobre se valeria a pena todo o empenho na aplicação do processo e se no final teríamos sucesso. Há 2 anos planejamos entrar com o processo, e neste período nos colocamos nas mãos de Deus. Pedimos a Ele, em nossas orações, o discernimento sobre se esta seria ou não uma boa decisão, dentro do Seu propósito para nossas vidas. Percebi que como Abraão necessitou de fé para sair de Ur em busca da terra prometida, nós, também com fé, estamos seguindo um longo caminho até alcançar a possibilidade de viver no Canadá. Digo possibildiade, pois temos absoluta consciência que todo o processo é uma caixinha de surpresas e que não temos garantia nenhuma de que conseguiremos ser admitidos como imigrantes.
O que me faz dividir essa inquietude, tenho certeza que todos que se submetem a aplicação também têm, é que na semana passada o Igor recebeu um e-mail, do grupo canada_immigration_brasil@yahoogroups.com , um depoimento de um participante (Paulo) que teve sua aplicação recusada. Vejam, escrito em itálico, o que ele diz:
Caros grupeiros,
Recebi hoje a resposta tão aguardada nos últimos 20 meses, porém não satisfatória, pois a conclusão foi de que “I do not meet the requirements for immigration to Canada”. Mas creio que compartilhando as razoes para o indeferimento, que espero possa ser resolvido, sirva de experiência e orientação àqueles que estão aplicando. Vou relatar a minha situação para, ao final, solicitar orientações.
1º) EDUCATION: Sou bacharel em Direito, com mais de 18 anos de experiência, e 1 pós-graduação “lato sensu”. Em que pese na carta resposta diga que o “curso de pós-graduação has been considered, but it is not the marter’s level – stricto sensu”, portanto, não considerado pelo Ministry of Educacion, o que me fez perder 2 pontos. Também cursei 2 ½ anos de Economia, além de ter lecionado por cerca de 4 anos. Nada pesou. Ou seja, teoricamente, pelo que entendi, o tempo de 18/20 meses de curso de pós-graduação, a nível de especialização, não fez qualquer diferença!
2º) OFFICIAL LANGUAGE PROFICIENCY: As minhas notas do IELTS, realizado em 12/12/2007, foram: Listening and Reading – 5,5; Writing and Speaking – 6,0. Media: 6,0 Como tenho, efetivamente, conhecimento básico de frances, por conta de curso na Aliança Francesa, arrisquei afirmar que tenho “basic knowlegde in french – speak and read”, o que me daria os 2 pontos faltantes, mas não juntei qualquer prova, a exemplo do TEF, ou qualquer evidencia. Diante disso, redução de 2 pontos em educação e mais outros 2 em língua, minha pontuação caiu para 63 pontos e minha aplicação foi recusada.
Porém, NÃO VOU DESISTIR, NÃO DESISTIREI, CONTINUO FIRME NO PROPOSITO DE IMIGRAR E ESTOU DISPOSTO A ENFRENTAR NOOVO E LONGO PERÍODO.
Depois do Paulo ter colocado as razões da recusa na aplicação solicitou ajuda do grupo para tirar algumas dúvidas referentes a sua pretensão em aplicar novo processo. Veja o que ele diz:
a) Esse meu processo está encerrado ou posso requerer um prazo de 60 a 90 dias para comprovar melhoras – novos testes? A afirmação da carta é: “We encourage you to try and improve your language skills in order to qualify for immigration in the future”!
b) Em caso de resposta positiva, o que vocês poderiam me sugerir a fazer?
c) E m caso de resposta negativa, posso imediatamente ingressar com novo processo? Tem um período de carência? Vou ter de utilizar do novo sistema, enviando os documentos a Sidiney, CA?
Por favor, o que vocês podem sugerir e orientar de forma objetiva? Serei grato aqueles que opinar de forma construtiva, especialmente porque tenho plena convicção da minha capacidade de adaptação, inclusive com reservas para mais de ano, porém é sempre frustrante.
Abraços. Paulo Américo
Senti-me profundamente solidarizada com Paulo, pois sabemos o que é sonhar, colocar toda nossa energia, expectativas neste sonho. Sabemos como nossa vida praticamente gira em torno deste sonho. Os planos mudam, algumas coisas parecem que páram, e todas as decisões passam a girar em torno da posibilidade da imigração.
O que sucedeu com Paulo me fez perceber, mais do que nunca, que não podemos fazer desse sonho o sentido de nossas vidas. O Canadá, como disse, é uma posibildiade. Diga-se de passagem muito boa. Mas isso está longe de ser o sentido de nossas vidas. Precisamos manter os pés no chão. Lembrar que nossa realidade palpável hoje é o Brasil. Nossa vida está aqui. Pode ser que não seja como sonhamos, em termos de segurança, mas vivemos aqui muitas coisas boas, entre elas a afetividade própria do brasileiro.
Vamos sim continuar sonhando, mas não façamos disso o centro de nossas vidas, pois isso torna nossa vida vulnerável, dentro de uma situação da qual não temos qualquer controle. Hoje as regras são uma, amanhã são outras e não podemos deixar nossa vida alicerçada nesta possibilidade.
Que Deus abençoe a todos e nos dê paz para nossas escolhas de decisões.
Vamos seguindo, com passos firmes de quem sabe onde quer chegar.....seja qual for o caminho....
2 comentários:
Oi Cris, tudo bem?
Nossa, que barra o Paulo deve estar enfrentando, não é mesmo? Não é fácil dedicar tanto tempo da vida a um sonho e no final, não dar certo. Infelizmente, é um risco que corremos.
Enfim, em relação as dúvidas dele, achei muito interessante, e fiquei até curioso em saber as respostas. Nunca se sabe o dia de amanhã, não é?
Mas é isso mesmo, cabeça erguida e bola pra frente.
Sorte a todos nós e que Deus guie nossos passos.
Abraços,
Vitor
Olá pessoal,
Tb fico penalizada pelo Paulo, porque imagino qual não deve ser o desespero quando outras pessoas jogam o seu sonho pela janela...
Acredito que vcs estão certíssimos em não deixar a vida em função da imigração, sem contar que vcs estão mais certos ainda em colocar Deus na frente de tudo...
Aqui em casa estamos nos preparando da melhor maneira possível, primeiramente, tb colocamos Deus na nossa frente para que nos guie pelo melhor caminho. Para vivermos em paz conosco, decidimos não deixar nossa vida de lado... Qdo dá, compramos coisas que temos vontade de ter (mesmo sabendo que não vai dar para levar), estamos trabalhando e estudando, normalmente, como se a imgração não existisse. O bom de estarmos com Deus nessa caminhada é que se vier um resultado negativo, será porque Ele sabe que nossa vida aqui será melhor do que lá.
Um forte abraço,
Rosi
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